quarta-feira, 29 de julho de 2009

Cada vez mais distante do preconceito que a associava apenas às construções populares, a alvenaria estrutural ganha espaço nos canteiros de obras brasileiros.

A volta da classe "C" ao mercado consumidor de imóveis e o empenho da engenharia nacional estão alavancando um sistema construtivo que parecia fadado aos conjuntos habitacionais populares. A alvenaria estrutural caiu, por fim, no gosto do meio técnico brasileiro, atraído pela redução de custos de até 30% proporcionado pelo sistema. A possibilidade de construir edifícios altos com apartamentos amplos – um edifício na zona leste de São Paulo já alcançou a marca dos 24 pavimentos e outros dois no Morumbi, zona sul, estão sendo construídos com até quatro dormitórios – tem enterrado alguns velhos preconceitos.

O antigo chavão de que um edifício construído com alvenaria estrutural não pode possuir hall de entrada, salão de festas ou subsolos não se sustenta mais. Na zona oeste de São Paulo, a construtora JHS está construindo um prédio residencial de 18 pavimentos-tipo e cobertura, térreo com 6 m de pé-direito e dois subsolos. A solução para viabilizar a alvenaria estrutural foi simples: executar uma laje de transição de concreto no primeiro pavimento, capaz de absorver as cargas das paredes portantes e distribuí-las por pilares até as fundações. Em resumo: do primeiro andar para baixo, trata-se de uma obra “normal”; a alvenaria estrutural sobe apenas a partir da laje de transição.

Uma das características interessantes do edifício de 11,6 mil m2 de área construída, cuja entrega está prevista para fevereiro de 99, são os esforços de vento absorvidos pelas paredes portantes. “A influência do vento na estrutura é quase igual à da carga vertical, por causa da altura e esbeltez do prédio”, explica o calculista responsável pelo projeto, César Pereira Lopes. O índice de esbeltez do edifício, que terá dez apartamentos de 42 m2 por andar, é 1:7. Ou seja, a largura do prédio será sete vezes menor que a altura total.

Economia

Uma das medidas de economia tomadas pela JHS para viabilizar o empreendimento foi empregar blocos de concreto com diversas resistências à compressão, de acordo com a faixa de andar executada. Da primeira fiada até o quinto pavimento, foram especificados blocos de 14 MPa. A resistência dos blocos cai à medida que sobem os andares, culminando com 6 MPa entre o 15o pavimento e a cobertura. “Não é preciso usar o mesmo tipo de bloco em todo o edifício”, afirma Carlos Alberto Tauil, gerente técnico comercial da Glasser, fabricante paulista que está fornecendo os blocos de concreto para a obra.

Solução muito semelhante foi dada pelo engenheiro calculista Wagner de Carvalho a duas torres, também de 18 andares, em Campinas-SP. Nessa obra, a Construtora Guidotti, de Piracicaba-SP, também adota a laje de transição sobre dois subsolos e o térreo, a partir do qual a alvenaria sobe com blocos de diferentes resistências à compressão: parte de 12 MPa entre o térreo e o sexto andar, reduzindo 2 MPa a cada lance de três pavimentos; os três últimos têm blocos de 4,5 MPa, todos eles fornecidos pela Tatu, de Limeira- P. A obra incorpora ainda outras medidas de racionalização, como sacadas, escadas e lajes, todas pré-moldadas no canteiro e içadas por grua.

Destinada ao consumidor de classe média alta, a obra de Campinas – com piscina, sauna e quadras esportivas – reforça a tese de que a alvenaria estrutural vem se “assentando” em imóveis mais nobres. O engenheiro Rogério Durante, do Departamento Técnico da Tatu, confirma a demanda crescente. Segundo ele, 60% da produção de blocos da empresa são estruturais.

Há casos, porém, em que a economia cede lugar à plena garantia de segurança, quando há o risco de uma eventual troca de blocos na obra. É o caso de um edifício residencial de 17 andares que está sendo erguido em São Bernardo do Campo-SP. Como existem outros prédios da Construtora Apolo em execução no terreno e os paletes são recebidos no mesmo local, a probabilidade de um operário utilizar o bloco errado aumenta muito. Por esse motivo, a construtora optou por blocos de concreto de 14 MPa para toda a edificação, que terá quatro apartamentos de 145 m2 por andar. Projetado pelo calculista José Luís Pereira, o prédio deve ser entregue em junho.

É importante salientar que a utilização de blocos com diferentes resistências é apenas uma entre várias formas de economizar com a alvenaria estrutural. Os maiores ganhos do sistema estão relacionados com a racionalização oferecida ao construtor. Se a obra empregar, por exemplo, pré-moldados de concreto (lajes, escadas e vergas) em composição com a alvenaria, a madeira e os carpinteiros podem ser dispensados do canteiro. Como os blocos vazados permitem a passagem das tubulações elétricas e hidráulicas, também não há necessidade de quebrar paredes. A somatória disso termina em redução de desperdício e economia no uso de fôrmas e concreto.

Sem armadura

As opções, porém, não se limitam às paredes portantes “recheadas” de graute e ferragem. Apesar de possuir alguns críticos, a alvenaria não-armada (que contém somente armadura de amarração, desconsiderada na absorção dos esforços) vem demonstrando um bom potencial técnico e econômico. Prova disso é um prédio de oito pavimentos da RAS que está em fase final de construção no Jabaquara, zona sul de São Paulo. Com térreo e subsolo, o edifício possui uma laje de transição no primeiro pavimento e emprega blocos de silicocalcário de 10 MPa.

“O controle em uma obra de alvenaria não-armada é mais fácil”, afirma o calculista Caio Frascino Cassaro, da Program Engenharia, que projetou o prédio. Como não se utiliza graute ou armadura nos blocos, a atenção praticamente se resume à qualidade da argamassa e ao prumo da alvenaria. O sistema, no entanto, é mais limitado. Nesse tipo de obra não são permitidas tensões de tração, que exigiriam armadura. Prédios muito altos, sujeitos a forte ação do vento, são, portanto, inexeqüíveis.

A Estrutura Ideal

Lecionar disciplinas de Engenharia em cursos de Arquitetura e Urbanismo é uma experiência excelente e uma oportunidade para reciclar conceitos e fugir da monotonia mental.

O aluno, sobretudo nos primeiros semestres, ainda não tem restrições e "vícios". Está, portanto, "livre para voar" e o ambiente acadêmico é o local propício para esses vôos experimentais. Para tanto, é preciso ter cuidado para não impor limitações nessa fase. Fazer isto, aliás, é negar a possibilidade de evolução da Humanidade! Basta olhar para trás e lembrar do que os céticos do passado afirmavam ser impossível ou impensável. Na verdade, a limitação era, apenas, deles, com sua vaidade, arrogância e preguiça. O tempo se incumbiu de substituir sua memória pela dos que desafiaram, criaram e ousaram. Logo, é fundamental dialogar, pesquisar soluções alternativas, alertar para os diversos aspectos: tecnológicos (sistemas e materiais), logísticos, ambientais e econômicos, que envolvem a execução da idéia e, tanto quanto possível, modelar.

É um enorme erro, embora quase inconsciente, do docente influenciar o aluno com preferências pessoais, pois é esse confronto da idéia proposta da Arquitetura, com o "estado da arte" da Engenharia, que embasa toda a inovação, criando uma salutar cumplicidade, onde os papéis se alternam e complementam na busca da solução ideal. É algo que deve começar na faculdade e continuar por toda a vida profissional!

A única premissa absoluta é que não existem limites absolutos, da mesma forma que não existe um único sistema ou um único material, panacéia para qualquer situação. Existe, sim, a solução ideal para uma determinada conjunção de fatores. Uma solução não é ideal, apenas porque mais rápida ou econômica. Ela o é quando, além de considerar todos os elementos já mencionados, assegura durabilidade e funcionalidade do empreendimento, com baixo custo de operacional e de manutenção. Uma solução construtiva barata - normalmente a privilegiada por leigos - pode redundar num custo de manutenção tal, que justificaria a adoção de outra, nem tão mais cara assim! De forma análoga, um prazo curto - político, por exemplo - só será uma variável positiva, quando implicar em inovação tecnicamente sustentável. Senão, não passará de uma "bomba-relógio", que poderá explodir nas próprias mãos de quem a escolheu, no caso de reeleições... Assim, uma decisão leviana pode resolver um problema político ou uma necessidade habitacional ou comercial imediata, mas tende a reduzir significativamente a vida útil do empreendimento e a credibilidade do autor. É hilário - para não dizer patético e revoltante - ver a reação de políticos, que criticam, com veemência e "autoridade", o desperdício de verbas com reformas de obras deterioradas "herdadas", ao serem lembrados de que eles próprios as definiram, em gestões anteriores... Infelizmente, esse "show humorístico", que é repetido à exaustão, custa muito caro para a platéia contribuinte!

Resumo: Concreto, aço, alumínio, plásticos especiais, alvenaria estrutural, painéis, argamassa armada, tensoestruturas, pré-fabricação, etc, são materiais e soluções que têm suas vantagens e desvantagens.

A estrutura deve ser estática e segura, mas produto de dinamismo e arrojo! Quem optar por um único "caminho" pode atingir o ápice, conhecendo cada pedra, cada curva, cada nuance dele. Mas, se "todos os caminhos levam à Roma", é mister conhecer cada um, para planejar melhor a "viagem".

A insistência e celebração de numa única fórmula - como repito para os meus alunos - só pode indicar duas coisas: conhecimento restrito ou interesse financeiro! Isso é compreensível para leigos e fabricantes, mas nunca para a boa técnica!

A correta avaliação técnico-econômica de todos os fatores influentes e a criatividade de arquitetos e engenheiros é que definirá a solução ideal! E o exemplo vem de "casa": a Faculdade; e dos "pais": os professores!

domingo, 5 de julho de 2009

Porque a Torre de Pisa é inclinada?

A inclinação da Torre de Pisa deve-se à extrema instabilidade do terreno onde foi construída que começou a ceder pouco depois do início dos trabalhos de construção. Devido a isto, demorou-se 200 anos para ser acabada e o projecto original teve que ser modificado muitas vezes. Hoje em dia, uma equipa de engenheiros e arquitectos trabalha para parar as variações da pendência que se conseguiu reduzir a um milimetro por ano.

Apesar de todos os problemas e temores que provoca, é precisamente por causa da sua inclinação que fez do campanário do Duomo de Pisa, a Torre mais famosa do mundo. A Torre de Pisa começou a construir-se em 1173 sob a direcção do arquitecto Bonanno Pisano, sendo que como os primeiros três andares apresentavam uma certa inclinação, os trabalhos foram interrompidos. Noventa anos depois da morte de Bonanno Pisano, Giovanni Di Simone tentou endireitar a torre sem sucesso alterando a sua inclinação a partir do terceiro andar. No entanto, também ele não conseguiu terminar os trabalhos que prosseguiram durante mais um século. Foi o arquitecto Giovanni Pisano em 1350 que terminou a obra depois de 177 anos.

Hoje em dia a Torre pode ser visitada, sendo esse um privilégio recente, já que durante os anos noventa a mesma esteve encerrada por se recear que isso ainda aumentasse mais ainda a sua inclinação e tendo assim começado importantes obras de reforma dirigidas por arquitectos e engenheiros chegados a Pisa de todo o mundo. Se passarem por Pisa não deixem de visitar todo o conjunto da “Piazza dei Miracoli”, não obstante aconselhamos a que subam à Torre apenas se não tiverem problemas de vertigens, já que caso contrário parecer-lhes-à que alguém os empurra para o vazio. É uma sensação ligeira mas poderá incomodá-los.

Record de Resistência do Concreto (149 Mpa)


Proprietário: Incorporadora Munir Abbud
Construção:
Tecnum Construtora
Consultor de Concreto:
Eng. Paulo Helene e Carine Hartmann
Empresa de Concreto:
Engemix, Eng. Eliron Souto
Projeto Estrutural:

França & Associados
Arquitetura:
Aflalo & Gasperini

Produtos Usados:

Glenium® 51
- Superplastificante
Delvo®crete 29 - Controlador de Hidratação


Descrição:
O E-Tower consiste em 42 andares de escritórios, 15 elevadores, 2 restaurantes, 1 auditório, 1 heliporto, 1 piscina semi-olímpica, 1 ginásio e 800 vagas de estacionamento. A torre terá altura de 162 m e uma área construída de 52000 m2.
As dimensões deste projeto oferecem uma idéia dos esforços que os pilares e fundação estariam submetidos: a sapata principal do edifício possui área de 392 m2, consumindo um volume de concreto de 805 m3.
Na fachada Norte, o arquiteto criou uma malha em que os pilares aparecem a cada 5 m, tomando esta medida como múltiplo de 1,25 m, a cada quatro módulos. Estes pilares suportam cargas bastante altas, que oscilam entre 1380 e 1820 toneladas, as quais exigem seções resistentes próximas a 0,9 m x 0,9 m, para concreto de fck 40 MPa, valor que foi empregado para todo edifício.
No entanto, por especificações de projeto, nas vagas de estacionamento era indispensável que as dimensões máximas deste elemento estruturais não ultrapassem a 0,7 m x 0,6 m, devido a uma grande razão:
As distâncias entre pilares não podiam ser inferiores a 4,2 m, para permitir a existência de 2 espaços de estacionamento entre eles, sendo a distância de 4,40 m o mais aconselhável. Cabe lembrar que nessa região da cidade (Vila Olímpia) a questão estacionamento é essencial.

O Desafio
Diante dessa situação, em que a utilização de um concreto dos pilares com resistência característica de fck = 40 MPa diminuía o aproveitamento dos espaços nas garagens, foram expostas à Construtora as possibilidades de soluções, a saber:
• Alterar a posição dos pilares nos andares seria inadequado, já que a fachada perderia sua característica e não respeitaria a coordenação modular.
• Deslocar os pilares no subsolo não seria aconselhável, dada as elevadas cargas.
• Aumentar a resistência características dos pilares.

A Solução
Foi decidido que para os pilares terem suas dimensões reduzidas, a resistência característica dos pilares (fck) deveria ser maior que 80 MPa.
Para tal, foi estudado a viabilidade da utilização de um Concreto de Alto Desempenho, que é mais caro com relação aos concretos utilizados diariamente no Brasil. Foram considerados, no estudo de viabilidade, além das questões econômicas, a questão durabilidade, aumentada de forma relevante pela utilização do CAD.
O CAD apresenta baixo fator água/concreto, o que garante à estrutura maior compacidade, menor permeabilidade e, por conseqüência, garante uma maior vida útil das estruturas. A obtenção de elevadas resistências à compressão do concreto permite que sejam utilizadas menores seções de peças e maiores vãos livres, dando uma maior liberdade de criação aos arquitetos.
O Concreto foi desenvolvido através da sinergia entre a Concreto Engemix, empresa responsável pelo fornecimento do concreto, a Escola Politécnica da USP, através de seu representante, o Prof. Paulo do Lago Helene e o apoio do laboratório da ABCP, Associação Brasileira do Cimento Portland.
A MBT Brasil participou do processo fornecendo à Engemix e ao Prof. Paulo do Lago Helene, os produtos Glenium® 51 e Delvo®crete 29, aditivos inovadores e que tiveram extrema importância no desenvolvimento das características requeridas pelo concreto.
Com a utilização dos aditivos seguidos dos critérios de dosagem, consegui-se um verdadeiro recorde de resistência em canteiro de obras, com uma média de 125 MPa e o máximo de 149 MPa aos 28 dias e 155 MPa aos 63 dias. O valor médio do módulo de elasticidade foi de 47 GPA, valor que também representa um recorde.
O Concreto destes pilares foi dosado com adição de corante vermelho, para valorizar o seu significado histórico e de desempenho tecnológico.
A utilização do CAD nos pilares fez com que o volume de concreto utilizado nessas estruturas fosse 52 % menor, já que com sua utilização conseguiu-se reduzir a seção dos pilares.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Os representantes das 18 cidades brasileiras que estão na briga para serem sedes da Copa do Mundo de 2014 entregaram nesta quinta-feira à CBF o relatório de encargos com informações sobre os projetos e as garantias para cumprir os itens exigidos pela FIFA. Os dossiês serão enviados para a sede da entidade, em Zurique, na Suíça.
No próximo dia 30, uma missão da FIFA chega ao Brasil para conhecer algumas cidades postulantes e conferir a veracidade das informações contidas no relatório de encargos. O anúncio das sedes da Copa de 2014 será no dia 15 de março. O provável é que a Fifa selecione 12 cidades brasileiras. Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e Brasília estão pré-escolhidas. Restam sete vagas que são disputadas por Belém, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Maceió, Manaus, Natal, Recife, Rio Branco e Salvador.
Abaixo você pode ver o projeto do estádio de Manaus que ficaria no lugar o Vivaldão. Com capacidade para 46 mil torcedores o projeto custaria R$ 6 bilhões de reais.



Em Salvador, o projeto vai aproveitar 50% do anel inferior atual da Fonte Nova. O estádio teria capacidade para 55 mil pessoas. Os investimentos giram em torno de R$ 230 milhões. O anel superior seria totalmente novo e teria 36 camarotes.


Em Rio Branco, no Acre, a bandeira é para ser a “sede verde da Copa”. A Arena da Floresta precisa ser ampliada para receber 40.900 pessoas. Os maiores custos seriam com a infra-estrutura da cidade, principalmente com o setor hoteleiro.

Em Natal a arena da capital potigua será erguida numa área de 45 hectares, onde também haverá bosque, hotéis, teatro, estacionamentos subterrâneos, prédios comerciais, shopping center e os centros administrativos. O complexo de Natal será construído por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs). Dessa forma, a venda dos espaços para comércio e residência - numa área útil 300.000 m² - vai gerar cerca de R$ 1 bilhão - dinheiro suficiente para bancar o projeto do estádio.

Em São Paulo, o Morumbi ganharia nova cara. A capacidade passaria para 66.952 pessoas. O estádio ganharia cobertura na arquibancada e melhorias internas. Um estacionamento para 4.800 carros seria construído em frente ao portão 1.

Em Belo Horizonte, o Mineirão teria o campo rebaixado, novas cadeiras e uma moderna cobertura. As gerais vão ganhar cadeiras. A capacidade cairia para 74.300 torcedores. O estacionamento vai ganhar mais duas mil vagas. O custo seria de R$ 300 milhões.


No Rio de Janeiro, o Maracanã ganharia uma nova cobertura. Um museu seria construído no local do parque aquático Júlio Delamare. O estacionamento ficaria em um prédio acima das linhas da Supervia e do metrô. Seriam cerca de 3.500 vagas. O custo previsto é de R$ 400 milhões.


Em Fortaleza, o custo das obras é de R$ 400 milhões. O Castelão ganharia uma cobertura verde e o estacionamento seria subterrâneo para 4.200 carros. O fosso seria retirado e os torcedores ficariam a 21 metros do gramado. A capacidade cairia para 50 mil pessoas. O projeto inclui complexo esportivo ao redor do estádio.

Em Florianópolis, um novo estádio seria construído no local onde está o Orlando Scarpelli. O custo está na casa dos R$ 400 milhões. A capacidade seria de 42.470 lugares, além da construção de um complexo com um shopping, escritórios, cinemas e centro de convenções, que permitiria o uso da arena por toda a semana.

Em Curitiba, a Arena da Baixada ganharia uma nova cara. O anel seria fechado. As obras devem levar dois anos e a capacidade aumentaria para 41.375 torcedores. O fosso seria retirado e quatro saídas abertas nos cantos do gramado. O investimento seria de R$ 150 milhões.

Em Cuiabá, o estádio Verdão precisaria de R$ 340 milhões para sair do papel. A capacidade seria de 40 mil lugares, todos cobertos. O estacionamento teria vagas para 15 mil veículos. Dois centros de treinamento, nas localidades do Lago de Manso e na Chapada dos Guimarães, também fazem parte do projeto.

Em Campo Grande, a reforma deixaria o Morenão com capacidade para 44.355 pessoas. O projeto prevê investimentos de R$ 500 milhões. O estádio teria cobertura, área vip, além de praça de alimentação e shopping.

Em Brasília, a reforma do Mané Garrincha duraria três anos. O estádio teria a capacidade ampliada para 76.232 torcedores. O custo estimado para a obra é de R$ 250 milhões. Uma nova cobertura nas arquibancadas seria construída, assim como um anexo que receberia os novos vestiários.

Em Porto Alegre, o Beira-Rio ganharia uma nova cara. O estádio receberia uma cobertura em estrutura metálica. A capacidade seria ampliada para 60 mil torcedores. Um edifício seria construído para servir como estacionamento. Toda a volta do anel inferior receberia camarotes e suítes. O custo é de R$ 350 milhões

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Casa do futuro

A rápida evolução de produtos e equipamentos eletrônicos e da informática fazem da automação residencial uma realidade. Hoje, os usuários já dispõem de sistemas integrados em suas casas que podem controlar cortinas e persianas, áudio, vídeo, som ambiente, TV por assinatura, segurança (alarmes, monitoramento, CFTV), iluminação, ar-condicionado e aquecimento e telefonia, entre outras utilidades.

Parte dos novos empreendimentos oferece soluções para facilitar a vida doméstica. Porém, nem toda automação é projetada de maneira integrada. Muitas soluções utilizam sistemas autônomos, que não se comunicam entre si.

Um dos principais problemas apontados pela Aureside (Associação Brasileira de Automação Residencial) é que o País não conta com profissionais de perfil adequado à nova realidade para suprir as necessidades do mercado. Por esse motivo, a entidade está empenhada em formar e divulgar o integrador de sistemas residenciais, profissional habilitado para elaborar um projeto de integração prévio, definindo todo o cabeamento, infraestrutura, plataformas de automação e relação de equipamentos necessários.

Gustavo de Mello, engenheiro de automação da GDS, empresa que atua em projeto e instalação de sistemas, também destaca que a integração dos vários sistemas de uma residência é a base. "Só com a integração é que se consegue torná-los inteligentes, como por exemplo a iluminação que se acende na presença de pessoas quando os ambientes já estão escuros, ou se apaga quando a iluminação natural é suficiente", exemplifica.

Fotos: Marcelo Scandaroli
Rack com central de automação (memória de seis terabites), amplificador, DVD e painel touch screen

Empreendimentos automatizados
As construtoras vêm incorporando algumas soluções de automação residencial, além das tradicionais (alarme, sistemas de segurança etc.) em seus empreendimentos. Porém, ainda não é uma regra geral. "Cada apartamento será personalizado pelo morador. Já no caso das áreas comuns, visando à redução de custos de energia e água, as empresas investem na maior integração entre os sistemas", diz Thales Eduardo Massud Cavalcanti, da Aureside.

De acordo com Mello, também da Aureside, essas empresas o fazem de forma ainda acanhada, pois sentem receio em relação ao custo-benefício. "Entretanto, integrar a iluminação dos ambientes comuns do edifício como salão de festas, piscina, sauna, segurança e irrigação de jardins são soluções viáveis e inteligentes."

Daniel Lima, diretor da Avantime, empresa que projeta e instala automação, também nota certa resistência por parte das construtoras. "Não sabemos o real motivo, mas acreditamos que há receio de que o sistema não funcione e a construtora tenha que arcar com a garantia. Alguns prédios estão sendo entregues com soluções de iluminação e biometria, mas não há integração total entre os sistemas. E como muitos não estão funcionando como o prometido, há casos de clientes que tiraram todo o sistema que foi entregue pela construtora porque não funcionava inteligentemente como deveria", explica Lima.

Outro ponto importante, segundo Lima, seriam promessas não cumpridas por falta de conhecimento. "Muitos empreendimentos dizem estar preparados para receber automação, mas o usuário necessita fazer uma reforma razoável em seu apartamento e isso é um problema", adverte. Para ele, no Brasil, a integração dos sistemas está atrasada, mesmo tendo um custo de cerca de 3% a 4% do valor da obra. Lima lembra que é preciso estabelecer o que será automatizado. Por exemplo, um apartamento de 120 m2, com três dormitórios, pode ter toda a iluminação controlada (com dimers), motorização das persianas da sala, controle do home theater e do som ambiente e ainda comando do sistema de ar-condicionado por cerca de R$ 15.000,00 (4% do valor do imóvel, considerando R$ 3.000,00/m2).

Fotos: Marcelo Scandaroli

Controle de ar-condicionado que pode ser usado independentemente ou por meio do sistema central, teclado (preto) de controle de acesso e sistema de biometria (branco): também interligados à central

Integração inteligente
Nos empreendimentos de alto padrão as soluções de automação são mais comuns. "Normalmente, têm 100% de sua iluminação dimerizável, além de pontos de persiana, sistema de biometria e painéis touch screen, que elevam um pouco mais o custo do projeto. Para as construtoras, que compram em grande volume, os custos são menores", contabiliza Lima.

Para que os sistemas sejam integrados de forma a tornar seu funcionamento mais inteligente e eficiente, são necessários elementos e equipamentos considerados integradores de automação. Basicamente se faz uso de centrais de automação, com tecnologia wireless ou não, que integram os diversos sistemas. "Na tecnologia com fio evoluíram os produtos que utilizam plataforma TCP-IP. Mas o grande crescimento é das tecnologias sem fio, uma vez que a cada dia são lançados módulos específicos para diferentes finalidades, antes restritos à iluminação", explica Cavalcanti, da Aureside. O desenvolvimento das tecnologias sem fio permite controle integrado da residência e diminui os custos de infraestrutura para a instalação de sistemas.

"Pode-se utilizar um comando para acender uma lâmpada em um determinado ambiente. Mas se o usuário desejar mudar essa configuração, não será necessário alterar nenhum cabeamento, apenas dar um comando no software. Esse comando pode também acionar diversos itens ao mesmo tempo, como fechamento de persianas e acendimento de luz, som e vídeo. Isso nos dá a ideia da flexibilidade que se pode alcançar", afirma Cavalcanti.

Lima afirma que são poucos os sistemas realmente integradores. "Um PC tem a capacidade de comandar uma casa via rede, mas automação residencial é uma coisa muito séria e, sinceramente, não pode ser gerenciada por um computador comum, que pode travar a qualquer momento", diz. Por isso, ressalta, é importante procurar soluções sérias, desenvolvidas única e exclusivamente para um sistema de automação.

"Nós trabalhamos com duas plataformas, a Control4 [americana] e a Bticino [italiana]. Cada uma tem suas vantagens, mas são sistemas estáveis e que permitem integração. Trabalhamos também com alguns módulos residenciais que podem ser integrados com a central desses sistemas.

Assim, um sistema bem programado gerencia a casa de forma inteligente. Por exemplo, as luzes podem ser programadas para acender no máximo em 90%, o que além de gerar economia de 10% na conta de luz, duplica a vida útil da lâmpada. Outra forma inteligente de programação, destaca Lima, é não permitir que as luzes sejam acionadas durante o dia (função que pode ser desbloqueada por uma senha), e que as persianas fechem automaticamente no momento que o sol comece a entrar pela sala, o que manterá temperatura agradável e reduzirá o uso do ar-condicionado.


Projeto integrado
Seja para construtoras ou para um usuário final, um projeto detalhado de automação é essencial. "Mesmo para a própria empresa integradora o projeto é importante, pois é um guia do que deve ser feito e instalado e serve de apoio para as manutenções futuras", ressalta Lima. Ele recomenda às construtoras que, antes de fechar qualquer projeto, exijam do integrador a participação dos fabricantes no projeto, pois só assim eles poderão ter certeza do atendimento às especificações e acompanhamento.

Entre as características de um bom projeto de automação residencial, tão importante quanto o bom funcionamento do sistema é a previsão de expansão futura. "Hoje, motorizar uma persiana pode ultrapassar o orçamento de um cliente. Mas quem sabe dentro de seis meses? O custo da infraestrutura é tão pequeno em comparação com o projeto e os esforços para uma outra reforma, que pode ser absorvido", exemplifica. Lima lembra ainda que além de analisar a expansão, é importante levar em conta as características que são importantes para o cliente. Para alguns, controlar a iluminação é dispensável, e seu foco está nos equipamentos de áudio e vídeo. Para outros, a iluminação é essencial.

Já Cavalcanti destaca também a flexibilidade e a interface amigável como outra das importantes características de um bom projeto. "O usuário não deve precisar de um treinamento para conseguir comandar seu home theater, por exemplo, nem mesmo ficar preso a quatro ou cinco controles remotos. Com a integração, os equipamentos todos passam a ser acionados por um único controle remoto, que comanda ainda a iluminação e temperatura adequadas para aquele momento e ambiente", lembra.

Apesar da internet criar a possibilidade de acesso remoto no controle de residências, isso acontece em poucos casos. Em geral, utiliza-se acesso às câmeras, cujas imagens podem ser vistas pela internet, ou a abertura de portas com biometria, para os usuários terem acesso à residência antes mesmo de chegar em casa. "Também é possível acionar banheira ou o chuveiro pelo celular, mas é uma função muito pouco usada. Acreditamos que o maior benefício da internet, com autorização prévia do cliente, é acessarmos sua residência para manutenção na programação", completa Lima.

O que pode ser instalado em uma casa ou apartamento


1) Irrigação de jardim (horários programados e sensores de umidade)
2) Cabeamento estruturado (dados, voz e imagem)
3) Circuito fechado de TV
4) Controle de acesso (biometria, cartões de proximidade, tags para veículos)
5) Controle de iluminação
6) Controle de utilidades (caixas de água, bombas, filtros, piscinas, saunas)
7) Controle e monitoramento de elevadores
8) Controle e monitoramento de medições (gás, água e eletricidade)
9) Controle e monitoramento do sistema de climatização
10) Entretenimento (imagens, TV a cabo, som ambiente)
11) Rede de dados condominial
12) Sistema de detecção e alarme de incêndio
13) Sistema de segurança

Detalhamento
A) Iluminação
n Controle integrado e remoto de toda a iluminação da casa, permitindo a criação de estados pré-definidos das lâmpadas (dimerizadas) para ocasiões específicas (jantar, filme, festa etc.), chamadas de cenas.
n Utilização de sensores para acionamento automático, quando conveniente, integrados a acionamentos de persianas e outras funções do ambiente.

B) Controle de home-theater
n Integração de todos os comandos de áudio e vídeo (DVD, TV, CD player, videokê, Ipod etc.), simplificando e tornando prático o uso do home-theater e quaisquer outros equipamentos de áudio e/ou vídeo da casa. Isso permite que o usuário ligue todos os equipamentos necessários para assistir ao que quiser com apenas um toque.
n É possível também a integração de outros comandos, como ar-condicionado, iluminação ou persianas, que, em conjunto criam condições favoráveis para uma seção de home-theater.

C) Controle de som ambiente
n Automação de zonas de som ambiente, em diferentes regiões e cômodos da casa, que reproduzem todas as fontes de áudio (equipamentos, servidor de música etc.) existentes na casa.
n Controle de caixas de som, que podem ser especificadas e posicionadas de acordo com o tamanho e características de cada ambiente.

D) Controle de climatização
n Comandos de climatização (aquecedor e ar-condicionado) integrados ao sistema de controle, especificados de acordo com o tamanho do ambiente.
n Criação de funções que alguns equipamentos não têm, como por exemplo ligar e desligar o aquecedor ou ar-condicionado em horários definidos, ou desligá-los depois de certo tempo de funcionamento, ou depois que o ambiente atingir certa temperatura.

E) Controle da área de lazer
n Visualização da área de piscina e lazer por meio de câmeras pode ajudar a cuidar das crianças quando brincam.
n Ativação de aquecedor ou do filtro da piscina, que pode ser feito por um controle sem fio programado por horário.

F) Segurança
n Sistema de segurança e alarme também integrados ao sistema de controle, incluindo câmeras de segurança monitoradas remotamente, sensores de presença, alarmes, acionamento de portas e portões e ativação de funções da casa por meio da internet ou do celular.

G) Conforto
Outras funções normalmente inseridas em sistemas de automação são:
n Controle de persianas e cortinas: acionamento remoto da abertura e fechamento, com definição de posições preferidas para iluminação natural da casa.
n Irrigação: acionamento remoto de sistemas de irrigação em quintais ou varandas.
n Abertura de portas e portões: abertura e fechamento de portas e portões remotamente.

Influência do teor de umidade dos agregados nas argamassas de revestimento

Quando o processo de produção de argamassa para revestimento é todo realizado no canteiro de obras, uma série de conhecimentos técnicos e cuidados envolvendo mão-de-obra, materiais e equipamentos é necessá­ria para a obtenção de bons resultados. Além de diversas operações a serem planejadas e executadas, existe também a necessidade de se estocar os agregados. Em locais descobertos, como é bem comum, a areia sofre grande variação de teor de umidade, com implicações diretas no volume correto que deve ser misturado durante a produção, de acordo com as especificações da obra.

O presente trabalho aborda a importância de se conduzir a produção respeitando-se especificações de projeto, destacando a influência que a variação da umidade dos agregados no canteiro de obras pode ter em determinadas propriedades das argamassas e no desempenho do revestimento aplicado. Os experimentos foram realizados em laborató­rio, simulando-se condições que podem ocorrer em obra, comparando situações de produção com areia seca e com areia úmida.

Figura 1 - Obtenção de argamassa em obra - cuidados na dosagem, na etapa de produção e na aplicação

Produção de argamassa em obra


Em grande parte das obras, as informações disponí­veis para produção da argamassa de revestimento costumam se resumir à proporção dos materiais em volume, e conta-se com a experiência do pedreiro para conduzir todo o processo. Esse profissional tem grande importância, contribuindo com observações prá­ticas sobre a consistência da argamassa e detalhes da aplicação e do acabamento, mas não se deve entregar a ele a total responsabilidade pela produção. As decisões devem caber sempre ao engenheiro ou ao arquiteto responsá­vel pela obra.

Todo o processo de produção deve ser baseado em um estudo pré­vio, ainda na etapa de planejamento da obra, que considere o projeto arquitetô­nico, condições locais de exposição da construção e condições construtivas especí­ficas. Entre as características do projeto podem ser citadas a espessura final das paredes, o tipo de acabamento desejado da superfí­cie e detalhes como pingadeiras, desenhos em alto ou baixo relevo, frisos e juntas. Entre condições locais de exposição estão o clima e a orientação das fachadas. Entre condições construtivas podem ser citadas características dos blocos que compõem a alvenaria, os equipamentos disponí­veis e, até mesmo, o prazo da obra.

Para produzir argamassa em obra são necessá­rios, portanto, especificações detalhadas, escolha e controle de características dos materiais, treinamento da mão-de-obra envolvida nas operações de dosagem, de produção e de aplicação, incluindo a escolha adequada de equipamentos (figura 1).

Figura 2 - 1) Padiola com areia seca; 2) Areia úmida; 3) Volume excedente devido ao inchamento

Para uma mesma argamassa, modificações aparentemente simples, muitas vezes não planejadas, podem alterar significativamente os resultados desejados. O teor de umidade do agregado, objeto de estudo do presente trabalho, é uma condição importante em todo o processo de execução de um revestimento. A água livre na superfí­cie dos grãos de areia, proveniente do local de extração ou da chuva, provoca o fenô­meno de inchamento, isto é, aumento de volume de uma porção de agregado, por causa do afastamento das partí­culas. O inchamento pode se acentuar quando a areia úmida é manuseada, no enchimento de latas e padiolas, podendo chegar pró­ximo de 30% - a figura 2 ilustra uma experiência prá­tica para visualizar o problema. Por causa desse fenô­meno, é preciso corrigir o volume a ser misturado para manter as proporções especificadas, multiplicando a quantidade de areia seca pelo coeficiente de inchamento (para o inchamento de 25%, por exemplo, o coeficiente de inchamento é igual a 1,25). Não se deve esquecer que, ao mesmo tempo, precisará ser corrigida também a quantidade de água medida para mistura com areia seca, pois parte dela já se encontra na areia úmida.

Vale lembrar que o teor de umidade é um valor percentual relacionado à massa de água contida na areia e que o inchamento refere-se ao volume acrescido na areia por causa dessa mesma água. Tanto um valor como o outro podem ser determinados facilmente em obra ou em laborató­rio, com equipamentos simples. Em tempo seco e ensolarado, a areia exposta nessas condições por alguns dias costuma apresentar teor de umidade até 2%, valor muito pouco significativo para a produção de argamassas. Em dias chuvosos a umidade da areia aumenta, dependendo da precipitação e do tempo de exposição. Para cada teor existe um valor de inchamento, até um valor má­ximo, conforme características granulomé­tricas da areia. De um modo geral, entre os teores de umidade 6% e 10% ocorrem os maiores aumentos de volume, que podem chegar a 30%, ou um pouco acima, valor de grande influência no processo de produção de argamassas em obra.


sexta-feira, 15 de maio de 2009

Drywall decorativo


Na onda da agilidade de execução,os pré-fabricados são essenciais em muitas obras. Além de atenderem às estruturas, em concreto ou aço,e fachadas com painéis de concreto, os pré-fabricados também servem às vedações internas, sendo encontrados nas paredes e, largamente, nos forros de drywall.

O drywall facilita o recorte decorativo do forro com sancas, dentes, cantos, tabicas, molduras e nichos, ou podem ainda ser aplicados para ocultar fios elétricos e tubulações de ar e hidráulicas. Nesse caso, os tradicionais rebaixados de gesso dão espaço a um produto mais leve e sob medida.

Versátil, o sistema de forro em drywall também permite fácil acesso às instalações para manutenção. "São mais leves, de execução rápida e seca, sem formação de entulho e desperdício de materiais, além de mecanicamente estáveis", afirma Carlos Roberto de Luca, consultor técnico da Associação Brasileira dos Fabricantes de Chapas para Drywall.

Ele admite, contudo, que as desvantagens do forro também são as mesmas das paredes em drywall, como, por exemplo, a dificuldade de manter o gesso acartonado em locais de intensa umidade. "Para essa aplicação existe um tipo especial de placa, denominada RU (Resistentes à Umidade, verdes), para o uso em cozinhas, banheiros e áreas de serviço", sugere.

Outros tipos de chapas disponíveis no mercado são as brancas, para uso geral, conhecidas como ST (Standard), e as resistentes ao fogo (RF), encontradas na cor rosa.

Seja qual for o recorte decorativo, "o ideal é ter o desenho de como vai ser o forro antes da execução", opina a arquiteta de interiores Karina Afonso, experiente na utilização do material. "Para iluminação, gosto de fazer as caixas recuadas de 15 cm x 15 cm. Primeiro colocam-se todos os perfis, depois as placas são encaixadas e parafusadas para, em seguida, serem recortadas, se o recorte não for muito grande", ensina. "Caso haja uma sanca maior, toda a estrutura já é previamente montada com os dentes, para recortar as chapas de drywall como se deseja", completa.

Muitos profissionais também usam o drywall para o recorte de tabicas. "Em prédios muito altos, com as tabicas o risco de que trincas apareçam no forro em conseqüência de movimentações do edifício é menor", diz Karina.

A arquiteta Lívia Caselani Vieira aponta ainda o fato de não ser simples executar o drywall nos forros com recorte arredondado. "Prefiro usar o gesso comum.A estrutura em perfis leves pode ser um obstáculo ao recorte", revela.

Ambas concordam, contudo, que o trabalho tem de ser realizado por um profissional especializado no sistema, pois os desníveis aparecem facilmente. As patologias mais comuns do forro em drywall, além do mofo em locais de maior umidade ou onde as tubulações hidráulicas falham e vazam, são as pequenas fissuras nas juntas.As rupturas podem acontecer devido à movimentação das estruturas, mas na maioria das vezes ocorre devido à colocação feita sem os cuidados técnicos necessários.

Ceará vai construir o maior aquário do Brasil


O Governo do Estado do Ceará vai construir o primeiro aquário internacional da América Latina. O empreendimento projetado pelo arquiteto cearense Leonardo Fontenele ficará localizado na praia de Iracema, em Fortaleza, e deve ser inaugurado em julho de 2010.

Com 21,5 mil m² de área construída, o Acquário Ceará terá quatro pavimentos que abrigarão áreas de lazer, dois cinemas 4D, restaurante, loja de presentes, simuladores de submarino e equipamentos que proporcionam interação entre público e aquário. Além disso, túneis submersos levarão os visitantes ao interior de tanques com capacidade para 15 milhões de litros e milhares de espécies de animais marinhos. O equipamento está orçado em R$ 250 milhões.

A primeira fase da obra consiste na construção da estrutura de concreto no lugar do antigo prédio do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas). Depois, serão colocados os aquários, que serão de acrílico com cerca de 70 cm de espessura. Na etapa final, a cobertura.

Os investidores esperam que o aquário receba, anualmente, 1,2 milhão de visitantes, gerando uma receita de R$ 21,5 milhões. Como contrapartida aos impactos ambientais gerados pela obra, o governo vai pagar ao município cerca de R$ 7 milhões, que serão investidos no projeto de remodelação de um zoológico já existente em Fortaleza.


sexta-feira, 1 de maio de 2009

Ponte Tacoma

A Ponte de Tacoma é um daqueles desastres de engenharia que se aprende na escola para nunca mais se esquecer. Não há um bom curso de engenharia que não mostre aos seus alunos o filme daquele evento bizarro. Construída nos anos 40, a belíssima obra caiu pouco tempo depois de ficar pronta. Por quê? A causa não foi nenhuma das que usualmente são as responsáveis por tais acidentes. Não foi um terremoto, inundação, nem materiais de baixa qualidade que algum empreiteiro “ixperto” colocou esperando ganhar dinheiro fácil com isso. Foi algo bem mais trivial. O grande responsável pela queda da belíssima ponte pênsil foi uma simples e leve brisa...

Mas como pode uma simples brisa provocar tal catástrofe? Tudo se deu pelo efeito de um fenômeno chamado
ressonância. Assim como a cadeira de balanço ganha velocidade pouco a pouco a cada novo empurrão, a Ponte de Tacoma começou a oscilar cada vez mais forte, a cada vez que a pequena brisa lhe dava um empurrãozinho...

Este fenômeno nunca antes havia sido considerado como algo possível de afetar uma obra daquela magnitude e tamanho e graças ao desastre da
Ponte de Tacoma a história da engenharia civil mudou para sempre.

A ponte foi reconstruída de forma diferente e só os habitantes mais idosos ainda se lembram disso. Mas os erros cometidos ensinaram a milhares de engenheiros em todo mundo a construir melhor. A vida é assim. Aprendemos com os erros.

ponte-túnel entre a Suécia e a Dinamarca


Esta ponte túnel localiza-se entre a Suécia e a Dinamarca.
A fotografia foi tirada do lado da Suécia.
A ponte túnel segue debaixo de água para não atrapalhar o tráfego marítimo

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Ponte Estaiada e Curva



No alto da montanha Gunung Mat Cincang, na Malásia, está uma das mais incríveis pontes do mundo. Mesmo para leigos em engenharia, imaginar que uma enorme estrutura como esta fica apoiada em um único pilar já é um exercício de tirar o fôlego; como a natureza ao redor da Sky Bridge. A ponte estaiada e curva foi finalizada em 2004 e confia todo o peso do deck de passeio aos oito cabos de aço amarrados na ponta de sua grande pilastra de 87 metros de altura
A Sky Bridge espalha-se por 125 metros e, graças a sua exclusiva curvatura, oferece diferentes perspectivas de paisagens para os visitantes. O corredor possui 1,80 m de largura e duas plataformas triangulares com o dobro deste tamanho servem como mirantes, oferecendo uma espetacular vista do Mar de Andaman e da ilha tailandesa de Tarutao.
O acesso também pode ser outra espetacular experiência, com o cable car, um teleférico com carrinhos de formas arredondadas que chega ainda mais alto, em uma estação a mais de 700 metros. A subida e a descida parecem ser como a tudo relativo à ponte e a vista lá do alto: inesquecíveis!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Edifício não muito convencional

Nas margens do Rio Huangpu, em Shanghai, na China, encontra-se, ainda em construção, o “Edifício do Povo”. É assim chamado por simbolizar os princípios ancestrais do povo chinês, sob a forma do caracter chinês “ren”, que representa “povo”. O edifício surge da junção de dois edifícios numa só torre, assumindo a forma pouco vulgar que se pode vislumbrar.
Dois corpos arqueados emergem - um do solo, outro da água - em direcção ao céu, unindo-se no topo e fundindo-se num monumental edifício único de formas arrojadas, semelhante a um tubo de aço perfurado e dobrado por uma força imensa.
A forma peculiar deste edifício não é gratuita e comporta, na perspectiva da filosofia oriental, um simbolismo que vai para além da semelhança com o sinal caligráfico com o qual se identifica. Assim, o corpo que emerge da água é dedicado a actividades de cultura física, desportos, etc.; já o corpo emergente da terra tem como destino actividades de “enriquecimento espiritual” - centro de conferências e outras. No ponto de encontro, onde o edifício se torna um só, situa-se um hotel de 1000 quartos! 250 000m2 de área construída…
O Edifício do Povo é um projecto do colectivo de arquitectos e designers dinamarquês intitulado BIG (Bjarke Ingels Group).
A obra estará concluída dentro de cerca de 2 anos e fará parte na Expo 2010.

O curso

Disciplinas como matemática, física, estatística, desenho e lógica são o forte do currículo. Portanto, prepare-se para exercitar suas habilidades em cálculo e desenho. Há atividades em laboratório e matérias das áreas de administração e economia que ensinam técnicas e métodos de gerenciamento de projetos e equipes. Nos três anos finais, você cursa disciplinas mais ligadas às áreas de especialização escolhidas: estruturas, construção civil, hidráulica e saneamento, transportes ou geotecnia. Para obter o diploma, o estágio é obrigatório. Em algumas escolas, também se exige um trabalho de conclusão de curso. Há instituições que oferecem formação direcionada a uma habilitação, como estruturas e fundações ou transportes.
A duração média do curso é de cinco anos.

O mercado de trabalho

O primeiro bimestre de 2008 registrou recorde na abertura de postos de trabalho na construção civil. Segundo o Ministério do Trabalho, o crescimento não está concentrado apenas em uma região, mas ocorre em todo o Brasil. O aumento do emprego é reflexo do aquecimento do mercado imobiliário e, também, do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, que prevê a modernização e a construção de aeroportos, redes de saneamento básico, pontes, estradas e ferrovias, entre outras obras. Estamos vivendo um ótimo momento com a retomada do investimento na infra-estrutura do país. Com isso, acredito que haverá oportunidades, sem precedentes, para o engenheiro civil, podendo até mesmo faltar profissionais no curto e médio prazos¿, afirma o engenheiro Roberto Muniz, presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Pernambuco (Crea-PE) e diretor da Geosistemas Engenharia, de Recife (PE).Quem faz o curso de Engenharia Civil tem pela frente várias possibilidades de atuação profissional. Além de projetar, gerenciar e executar obras como casas, edifícios, pontes, viadutos, estradas, barragens, canais e portos, o engenheiro civil tem como atribuição a análise das características do solo, o estudo da insolação e da ventilação do local e a definição do tipo de fundações. Com base nesses dados, o profissional desenvolve o projeto, especificando as redes de instalações elétricas, hidráulicas e de saneamento do edifício e definindo o material que será usado. No canteiro de obras, chefia as equipes de trabalho, supervisiona prazos, custos, padrões de qualidade e de segurança. Cabe a ele garantir a estabilidade e a segurança da edificação, calculando os efeitos dos ventos e das mudanças de temperatura na resistência dos materiais. Ele pode ainda dedicar-se à administração de recursos prediais, gerenciar a infra-estrutura e a ocupação de um edifício.